quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

99% HUMANO, MAS AQUELE 1% É CAFEÍNA

Durante os últimos 11 semestres (exatamente 1954 dias) minha vida tem se resumido basicamente em xícaras de café...

Faculdade e café de mãos dadas 

É muito comum entrar no meu Instagram, antigamente no Facebook, e se deparar com uma nova foto de cadernos e "uma xícara de café", porque era basicamente isso que definia meu dia a dia (somente até hoje).
Minha primeira experiência com a cafeína foi, digamos traumática, claro que não o suficiente para que eu parasse de tomar...

Primeira prova da faculdade, Biologia Celular (cinco anos e meio atrás), e a pessoa aqui teve a brilhante ideia de passar a noite acordada estudando para tirar uma nota divina. Comprei uma lata de pó de guaraná (sabe aquele que vende nas farmácias?) e fui pra casa toda faceira. Eu não sabia fazer café direito, então pedi pra primeira pessoa que encontrei "... faz um café bem forte pra mim, que eu vou passar a noite estudando." e ele realmente fez um café beeeem forte (umas cinco colheres de sopa - bem cheias - de pó de café para meio litro de água); coloquei na garrafa térmica e adicionei mais três colheres de sopa de pó de guaraná (estou passando a receita, mas não façam isso, pelamor) e dá-lhe tomar café com pó de guaraná. 
Lá pelas 23h00 eu já estava agitadíssima e sentia meu sangue pulsar nas minhas veias; meu metabolismo estava tão acelerado que eu precisava comer a cada 30 minutos e concentrar que é bom nada...
00h00 eu comecei a passar mal, ânsia, enjoo e num último estágio me tornei rainha; passei o restante da noite comendo e colocando para fora. Até tentei dormir, mas quem disse que conseguia, meu corpo todo pulsava de tanta adrenalina sendo liberada e por mais que me esforçasse, não conseguia pregar o olho (parecia uma maluca com o olho estalado). Mas o pior veio no dia seguinte: não sabia nada na prova, meu estômago doía, sentia ânsia e por conseguinte não conseguia comer nada e para piorar mais ainda estava caindo de sono e não conseguia prestar atenção na aula da tarde (de manhã uma agitação maluca, de tarde uma leseira retardada).

E eu sou Layssa Oliveira e esse foi meu primeiro contato com a cafeína (rsrs).

Depois dessa péssima experiência, aprendi a usar com moderação, ou só tomo café, ou só energético, ou ainda, só um comprimido de cafeína, mas não mais potencializo o efeito deles tomando dois ao mesmo tempo (sim, eu passo muitas noites em claro, muitas vezes só com café ou com duas ou três latinhas de energético).

Foi assim que descobri um grande aliado na cafeína, pois me concentro melhor a partir das 22h00 e ficar acordada estudando depois de passar o dia estudando (longas aulas) não é fácil sem uma ajudinha. Então achei uma forma de tirar boas notas estudando de madrugada sem passar mal, é claro que se eu fizer isso durante uma semana toda (tipo essas últimas) em algum momento começarei a ter dor no estômago (sim! meu estômago dói). 

Então o que dizer dessa Cafeína que eu considero pacas? Foi bom ter você como aliada nesses momentos de guerra. 

Só que agora começa um terceiro round (provavelmente com muita cafeína também), mas sem provas (concursos não são provas, são pesadelos) e apesar dos meus olhos estarem fechando eu ainda estou aqui a fazer planos, até porque o que uma garota de 23 anos (que passou os últimos cinco anos sonhando em terminar as disciplinas dessa faculdade inacabável) pode fazer com as 18h00 livres do seu dia?
Além da lista de livros para ler...
Além dos quadros de comprimidos para fazer...
Além do livro que quer escrever...
Além dos lugares para conhecer...
Além das comidas para "engordar"...

Ah sim, ela pode estudar mais um pouco para passar num concurso, entrar na academia e cuidar da alimentação, porque já faz um tempo que ela vez prometendo até ao vento que cuidaria mais da saúde, até porque em 256 dias ela será uma profissional da saúde.

sábado, 5 de dezembro de 2015

RESENHA DO LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO

LE COUTEUR, P.; BURRESON, J. Os botões de Napoleão: as 17 moléculas que mudaram a história. Zahar, Rio de Janeiro, 2006.

reprodução

Sendo ambos químicos, Penny Le Couter é professora de química do Capilano College e Jay Burreson é, atualmente, administrador de uma companhia de alta tecnologia no estado de Oregon, Estados Unidos, em 2003 publicaram a primeira edição norte-americana do livro “Os botões de Napoleão”.
Os botões de Napoleão é um romance que conta de uma forma fascinante a história do mundo, do ponto de vista químico. Dezessete moléculas que segundo os autores mudaram o curso da história da humanidade.
A narrativa inicia colocando um intrigante questionamento: Poderia Napoleão ter derrotado o exército russo? Pois, o estanho - material com que se confeccionavam os botões dos uniformes das tropas napoleônicas - se esfarela a temperaturas muito baixas, com isso seus uniformes se abriam e seus corpos congelavam. Seria esse fenômeno químico que contribuiu para a derrota do imperador francês? 
Algumas especiarias, como a pimenta, a noz-moscada e o cravo-da-índia foram decisivos no desdobramento histórico e gerou desenvolvimento econômico a nível mundial, pois, devido a apreciação e a escassez dessas, geraram preços elevados e levaram ao descobrimento da América, por exemplo.
Outros compostos, como o chumbo, utilizado para armazenar o vinho, eram muito apreciados, porém não se conhecia sua periculosidade. Ainda existem aqueles, como o isoeugenol e o fenol, que levaram a descoberta de muitos outros compostos que mudaram a história mundial.
Os autores conseguiram desenvolver uma narrativa envolvente e instigante envolvendo história e química. Sendo a química uma dificuldade de muitas pessoas, o livro trata de uma forma simplória, mas educativa as moléculas, levando ao entendimento também daqueles com pouco contato com a teoria propriamente dita.